estranha luz no céu, um grupo de cientistas disse finalmente ter determinado o que ele havia visto por volta de 1572, informa a agência AP. A possível "nova estrela" descrita por Brahe era na realidade uma supernova, explosão estelar descomunal.» Astrônomos reconstituem história de supernova
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O novo estudo, realizado por pesquisadores da Alemanha, Japão e Holanda, confirmou que, tal como se esperava, a supernova vista na época era do tipo comum. Ou seja, envolve a explosão termonuclear de uma estrela anã branca acompanhada de um corpo celeste. A investigação, que analisou um "eco luminoso" do antigo fenômeno, será apresentada na edição desta quinta-feira da revista científica Nature.
O episódio, conhecido como a supernova de Tycho, teve início em 11 de novembro de 1572. No período, o dinamarquês se surpreendeu ao ver o que supostamente seria uma nova estrela brilhante na constelação Cassiopeia. O fenômeno chegou a ser tão brilhante quanto Vênus e pôde ser vista durante semanas em plena luz do dia. No entanto, 16 meses depois desapareceu.
Observando a supernova antes da invenção do telescópio, Brahe documentou com precisão que, ao contrário da Lua e dos planetas, a posição da luz não se movia em relação às estrelas. Isso significava que estava muito mais distante que a Lua. A descrição causou comoção geral, pois naquela época se acreditava que o céu era perfeito e imutável.
Segundo Michael Shank, professor de História da Ciência na Universidade de Wisconsin, o feito inspirou o pesquisador a estudar mais as estrelas, começando uma série de observações minuciosas que contribuíram para fundar a astronomia moderna.
A luz direta da supernova passou pela Terra há séculos, mas em parte, as nuvens de poeira cósmica originadas no impacto - "eco luminoso" - alcançaram as profundezas do espaço. O estudo se baseou nas análises de comprimento dessa onda de luz.

